Mais tarde eu descobri que uma pessoa realmente importante e que realmente entende do assunto também dizia o mesmo: Michel Tiemann, VP da Red Hat. Tive a imensa satisfação de poder conversar com ele pessoalmente durante o Consegi'09, e lá passei a ter a certeza messiânica de que essa idéia tinha futuro. Mas ainda era uma certeza muito pessoal, muito baseada na minha intuição. A realidade ainda não havia sido posta à prova.
Até que eu me inscrevi no LinkedIn e comecei a acompanhar algumas coisas. E eis que se cristaliza o conceito de Lego de SL em um projeto (com um nome que pode melhorar muito!)
Agora, mais uma vez no LinkedIn, eu sigo uma notícia e descubro que jBoss e eXo Portal foram integrados em um framework chamado GateIn.
Não pude deixar de concluir duas coisas:
- Lego Software Livre (LSL): não é mais uma idéia, já é um fato. Se vai dar certo, é a próxima pergunta.
- O mercado de trabalho de Software Livre provavelmente vai se fortalecer em portais sociais, como o LinkedIn.
O primeiro é muito importante: chegamos a um ponto de inflexão, e a partir daqui não há mais volta. A qualidade, complexidade e completude das soluções de SL vão crescer cada vez mais rapidamente. Já não será um crescimento linear ou quadrático, mas exponencial, pois cada novo pedaço de SL vai abrir campo para muitas outras combinações. Cada melhoria em um componente vai causar melhorias nas montagens (a solução Lego Software Livre, por falta de um nome menor ou mais inteligível - por um momento me passou na cabeça SLSL ou SL2.)
Vamos ver como isso vai evoluir. Mas eu escrevi esse post mesmo foi para falar do segundo item, então vamos em frente.
Referências
O segundo é um mero sinal de nossos tempos, esperado, mas não menos importante.
Você quer levar sua empresa de SL adiante? Então viva dentro de sites como LinkedIn, Facebook etc. Não digo que você pode abrir mão deles se sua empresa for, digamos, indústria de autopeças ou fábrica de tecido. Muito pelo contrário. Mas a natureza das empresas que buscam SL como opção é diferente das empresas que seguem os rumos já traçados do mercado clássico, bem como as empresas que fornecem SL são diferentes das que vendem licenças e serviços de SP.
Faça um Gedankenexperiment: coloque-se no lugar de um gerente de departamento de TI, com opção de adotar uma solução SL ou SP. Você já tem proposta de vários fornecedores, já sabe quais produtos te atendem melhor etc. Tudo resolvido. Nesse momento, segundo o Michael Bosworth, você fica com o pé frio. E se tudo der errado? E se nada funcionar? E se isso, e se aquilo?
O que todo mundo faz hoje, quando tem uma dúvida? Googles it.
É nesse momento que os sites de relacionamento profissional pesam: você pode ver a quem seus fornecedores estão ligados e pedir opinião dessas empresas e pessoas. Você pode conhecer os empregados deles, quem saiu, quem entrou, e talvez descobrir alguns porquês. Você pode ver além do terno engomadinho, da bolsa de marca, dos sapatos e perfumes dos vendedores - você pode se conectar à vida deles se eles tiverem essa vida on-line. Quem estiver no mercado virtual formado por esses recursos tem uma clara vantagem sobre quem não estiver. Quem for bom, se destacar no mercado e se expuser, terá corpos e corpos de vantagem sobre qualquer outro mais acanhado. Se você quer se destacar, apareça!
Em um mercado onde raras empresas de SL possuem marcas fortes como uma Impacta, uma 4Linux, ou mesmo a IBM, estar na vitrine das redes sociais vai fazer toda a diferença. Para empresas pequenas e médias, que representam a maioria quando se fala em SL, são esses locais virtuais que vão lastrear suas marcas e dar as suas referências para o mercado.
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